quinta-feira, 17 de junho de 2010

A inteira metade das coisas.

A minha metade não tem nada de laranja, não perdi minha tampa e a primeira vista nem sempre é aqueeeela coisa. Minha metade é mesmo o oposto. Oposto de tudo, porque no final das contas, o oposto do oposto é o mesmo outra vez. E a gente descobre com o tempo que metades são opostos. E com mais tempo ainda, descobre-se que tudo tem metade, cada uma puxando pro seu lado. Metade bom, metade ruim, o que pode ser transfigurado conforme o ponto de vista. E eu não sei mesmo se são metades que se completam. Quem foi mesmo que inventou essa palavrinha? Oswaldo Montenegro uma vez disse assim: “Por que metade de mim é a lembrança do que fui, a outra metade eu não sei.”
E é bem assim que me sinto. Metade achada, metade ainda perdida. E que assim seja sempre. Porque metade de mim quer sentir a segurança da terra, mas a outra metade insiste em voar. Porque se até brigadeiro tem duas metades (uma que engorda o corpo e outra que emagrece a alma), o que mais é que não terá? E voltando ao Oswaldo pra fechar com chave de ouro: “E que a minha loucura seja perdoada, porque metade de mim é amor...E a outra metade também.”


Por: Mayara Castro

domingo, 16 de maio de 2010

O ontem e o antio o ontem.

Ontem, numa sessão de fotografia nada profissional na Praça da Liberdade, eu vi o quanto o pequeno é grande, o quanto o velho é novo e o quanto um raio de sol ajuda numa composição. Crianças, velhinhos, flores e casais. Teatro e passarinhos. As crianças se uniram no teatro, os casais com as flores e o mais lindo mesmo, foi um velhinho que alimentava os passarinhos com alpiste e fez pose pra mim, esperando com toda a paciência de um sábio um click meu perfeito. Aquelas mãos tão sofridas devido ao tempo, ainda fazem algo encantador. Senti saudades do meu avô e das flores e dos algodões doces que colorem a alameda daquele lugar. Um simples desligar das fontes mexe com a vida do ambiente. E a nossa Belo Horizonte segue assim, nada cosmopolita, enfrentando os descasos do mundo pós moderno, mantendo-se viva na alta idade das coisas

Por: Mayara Castro

segunda-feira, 22 de março de 2010

Sem Titulo

Mais um dia comum, tarde chuvosa, de cabeça a mil. Não, não tão comum, a cabeça hoje não estava a mil, estava parada, parecia não querer funcionar, pensar, será por que? coração tomou conta da mente, falava mais alto; na verdade não falava, ficou calado, mas era um silêncio que dói, que aperta, q parece gritar, e ninguém ouve. não era um dia comum! parecia faltar alguma coisa, algo pra completar a peça q eu estava faltando do coração(quebrado)-cabeça. No fim do dia, achei a peça que faltava, serviu só pra descobrir que não era só ela que faltava, descobri, que não falta uma coisa, falta tudo, mas é tanta coisa, que as vezes parece não faltar. um buraco profundo, sem fim, que queria que não pertencesse a mim!


Por: Débora Castro

segunda-feira, 15 de março de 2010

E fez-se mais: Mudança!

O meio realmente influencia na maneira como o ser humano vê o mundo. Ontem, conversando corriqueiramente com a Fernanda no telefone enquanto descia para pegar o ônibus, comentei algo qualquer sobre como enxergamos as diversas situações do nosso dia. E como outras pessoas, que até então nem nessas situações se encontravam, passavam a enxergar. As pessoas, os gestos, as casas, a beleza e coisa e tal. É interessante e ao mesmo tempo fundamental essa variedade toda. O gostinho da vida está em saber apreciar cada coisinha, pessoinha, momentozinho de maneira diferente. Caso contrário, o que seriam das discussões infudamentadas e papos de butecos indispensáveis nos sábado à tarde? Qualquer cerveja perderia o sabor enquanto falaríamos sempre, sobre o mesmo velho pé de sapato furado que passou da hora de ser deixado de lado.


Por: Mayara Castro

quinta-feira, 4 de março de 2010

(in) Completo.

Nem todo café encontra sua xícara... Às vezes vai no copo lagoinha mesmo.
Nem todo cigarro encontra seu esqueiro... Às vezes vai no (nada cosmopolita) palito de fósforo mesmo.
Nem toda TPM encontra seu chocolate... Às vezes vai no brigadeiro queimado na panela mesmo.
Nem toda música encontra sua caixinha...Às vezes vai no assovio mesmo.
Nem todo coração encontra o seu amado...Às vezes vai na libertinagem mesmo.
Nem toda saudade encontra o que a está matando...Às vezes vai...e só.


Por: Mayara Castro

segunda-feira, 1 de março de 2010

Coisa à toa.

Malditos dias...
Que não é claro nem escuro, nem quente nem frio, nem legal nem chato...
O que existe são sentimentos, que nesses dias parecem ser mortais.Ouvir uma boa música tomando um drink, as vezes parece ser a melhor solução.Ou melhor.Vá dormir nesses dias (falando em dormir, hoje tive o melhor sonho da minha vida, mas acho que esqueci.).Depois de um bom banho.Deixe a água cair sobre você e sinta ela te tocar, fique assim, por um bom tempo.Não abra os olhos.Pense, nesse tempo destinado a você.Pense como hoje foi importante pra você.Como foi bom dormir, acordar, observar, questionar...
...
Espere, não faço a menor ideia do que estou falando.
Hoje, é um ótimo dia!

P.s.: Comentário a parte.
Um sábia mãe, disse: - Cuidado para que seus atos não se tornem hábitos!
Acreditem, mas aí está o exilir da longa vida, rs.


Por: Emanuele Azevedo

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Quando um burro fala, o resto diz Amém.

Hoje quero só fazer alusão a uma coisa bonita!
Hoje de manhã, um grande amigo meu - Fernando Pessoa, o nome dele - me disse:

"Fiz de mim o que não soube,
E o que podia fazer de mim não o fiz.
O dominó que vesti era errado.
Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me. Quando quis tirar a máscara,
Estava pegada à cara.
Quando a tirei e me vi ao espelho,
Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado.
Deitei fora a máscara e dormi no vestiário
Como um cão tolerado pela gerência
Por ser inofensivo.
E vou escrever esta história para provar que sou sublime."

Fiz pra mim o que pude com esse conselho. Eu vou escrever a minha história pra provar que sou sublime!
Deixo o meu conselho e façam vocês o que quiserem dele!

Umbeijomeliga.


Por: Bruna Perpétuo