quinta-feira, 17 de junho de 2010

A inteira metade das coisas.

A minha metade não tem nada de laranja, não perdi minha tampa e a primeira vista nem sempre é aqueeeela coisa. Minha metade é mesmo o oposto. Oposto de tudo, porque no final das contas, o oposto do oposto é o mesmo outra vez. E a gente descobre com o tempo que metades são opostos. E com mais tempo ainda, descobre-se que tudo tem metade, cada uma puxando pro seu lado. Metade bom, metade ruim, o que pode ser transfigurado conforme o ponto de vista. E eu não sei mesmo se são metades que se completam. Quem foi mesmo que inventou essa palavrinha? Oswaldo Montenegro uma vez disse assim: “Por que metade de mim é a lembrança do que fui, a outra metade eu não sei.”
E é bem assim que me sinto. Metade achada, metade ainda perdida. E que assim seja sempre. Porque metade de mim quer sentir a segurança da terra, mas a outra metade insiste em voar. Porque se até brigadeiro tem duas metades (uma que engorda o corpo e outra que emagrece a alma), o que mais é que não terá? E voltando ao Oswaldo pra fechar com chave de ouro: “E que a minha loucura seja perdoada, porque metade de mim é amor...E a outra metade também.”


Por: Mayara Castro

2 comentários:

  1. Por isso eu digo que ela escreveee muitooooo!!A emanuele escreve bem pra caramba também!!Vocês duas deveriam escrever mais,seus textos são ótimos.

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  2. E são gatas pra caraí,a mayara e a emanuele. Ne não anônimo 1???

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